Borbulhas na bolha

Somos animais sociais, e como tal, temos nossos grupos com suas caracterísitcas peculiares. Nós do povo tech temos eventos que volta e meia fazem um burburinho danado, quero destacar dois que vi esta semana:

  • Nova distro Linux baseada no Arch chamada Omarchy
  • Exodo dos concorrentes do X

Linux no desktop

Desde de que comecei no meu novo trabalho, precisei aprender um pouco mais do universo do Rails, de carona tive acesso a conteúdo gerado pelo pai desse framework, DHH. Ele é um excelente exemplo de derivados do estilo Jobs de ser, palestras eloquentes e agressivas.

O próprio funcionamento do seu filho mais famoso o RoR reflete muito da personalidade dele e confesso que gosto de algumas ideias contidas ali. Para citar um exemplo, o sistema de migrações do Rails faz mais sentido pra mim que o do Django.

Neste mergulho no universo do DHH eu acabei esbarrando na proto distribuição criada por essa turma. Achei interessante num primeiro momento mas nada revolucionário como eles tentam fazer parecer. Fiquei alguns dias com isso na cabeça até que lí um post do Bruno Rocha, e neste post ele resume muito bem o que eu estava sentindo - além de lembrar que tenho que ler o referido livro(está na minha estante a alguns anos).

Nesta mesma semana o site manual do usuário por coincidência ou não, também abordou o mesmo assunto, esse foi o gatilho para pensar. Tem coisa aí.

Esse lance do Linux no desktop é real pra mim a mais de vinte anos, por esse motivo, toda vez que vejo movimentos incentivando sua adoção, é muito bem vindo. O que me incomoda é essa sensação de oportunismo que DHH e seu time imprimem no Omarchy. Mas isso parece ser algo inerente dos tempos atuais, é preciso engajar!

Novas redes sociais

Peguei nojo delas, de modo geral.

Cogitei abrir um bluesky ou mastodon que prometem ser um X que usa garfo e faca. Fico muito feliz em não ter aderido e optado por escrever aqui, no meu espaço, nas minhas condições e no meu tempo(sem a possibilidade de comentários ou interações, quer falar comigo - me ache.).

A impressão que tenho é que qualquer tentativa de criarmos comunidades virtuais sempre acaba apartando, selecionando ou excluindo alguém. São feitas para potencializar as diferenças e estimular o nós contra eles. Enfim, ainda hoje me parece mais sensato não estar lá, simples assim.