Uma vida lenta

Final de semana, hora de fazer o balanço da semana.

O que eu fiz neste último ciclo de 7 dias, o fato de estar me perguntando o tempo todo isso, acendeu uma luz amarela. Por que "medimos" tudo que fazemos?

A resposta fácil, se não medimos, não podemos melhorar. Isso é filho da ideia de produtividade, de sempre precisar ser útil e dar valor a tudo que fazemos.

A tempos tenho consumido conteúdo de pessoas que falam em ir no caminho contrário, levar uma vida mais devagar. Essa semana foi particularmente atipica, clima no trabalho está tenso. Até ai tudo bem, o regime manda que sejamos mega prdutivos e felizes.

Isso para produzirmos mais e melhor pra que mesmo?

É estranho quando paramos para pensar que esse sentimento de cobrança foi colocado na nossa cabeça e hoje achamos super natural que ficar deprimido ou ansioso quando não cumprimos a META. Tudo parece que ficou urgente e se você não segue o ritmo da batida do bumbo que define como nós remadores deste navio do capital devem remar. Fica para trás e se rotula como ineficiente, incapaz ou descomprometido.

Sinto que mudanças estão a caminho, pode ser apenas uma intuição boba. Sei que está dolorido, sim o peito dói e a cabeça reclama, sempre penso no que meu filho me fala quando me vê assim - "Para de fazer isso pai, procura outra coisa".

Depois de fazer as lidas do final de semana, estava cogitando trabalhar no final de semana. Para atingir a META, mudei de ideia, escrever me ajudou a ver que as urgências supremas de uma organização desorganizada não deve ditar o ritmo da minha vida.